sábado, 13 de fevereiro de 2010

Para um garoto em coma

Começou assim. Minha vizinha e seu antigo amor platônico insistindo. Fica com ele. Fica com ele. Eu até que tava de enrolação mas era melhor pegar ele logo antes que eu grite um vai toma no cu pros meus amigos que faziam pressão emocional.
Tá bom, fui lá e fiquei com ele.
Isso foi uns meses atrás.
Agora você faz questão de fazer parte do meu presente, como se já não tivesse esquecido no meu passado, pra ficar lá e não voltar.
Foi bom enquanto durou. Nós namoramos, pura safadeza. Fidelidade que é bom não tinha, a gente ficava só pelo tesão.
Você tava em coma enterrado em abril do ano passado. Ás vezes você volta do coma, e volta com toda força: briga, me chinga, me faz de capacho e ainda cuida da minha vida.
Até que eu resolvi botar ordem nesse barraco. Você vem me controlando como se eu ainda pertencesse a você. Mas agora eu sou só minha. A vida é minha. Os rolos que tenho são só meus. Ninguém me tira. Muito menos você, que já devia ter morrido faz muito tempo.
E agora você morreu. Ufa, ainda bem. Acabooooou! Meu Deus amiga, vamo pulaaaa!!
Pronto. Ponto. Você é carta fora do baralho. Ainda bem! Isso tava me matando, estrangulando, sufocando.
P.S: Não irei no seu enterro.

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